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Dizem que o amor
não tem dor.
Não é verdade!
O amor tem dor
sim! Qualquer que seja o amor.
Dói, principalmente, quando perdemos um amor. Eu perdi-te no dia 18 de julho de 2015. Eram 07horas e 34 minutos!
É uma dor que só
quem sente, sabe o que significa. Parte do nosso coração morre também.
Lembro-me de
perder a força nas pernas. De ser agarrada para não cair! Lembro-me de pensar
que era um pesadelo. Lembro-me de pensar que era impossível! Lembro-me de ir
ter com a minha irmã e de a ver vaguear pela casa a sussurrar: não é verdade,
não é verdade, não aconteceu!
Começamos, então,
a deambular pelos dias, como que em modo vegetativo. Conseguimos, até, esboçar
sorrisos. Sorrimos com os lábios, mas não com o coração. Esse perdeu-se no
instante momento em que te levaram para longe de nós.
Lembro-me de
passarem os dias sem conseguir entrar na tua casa e arrumar tudo aquilo que te
pertenceu. Fazer isso, seria aceitar que te perdi(emos).
Fernando
Pessoa diz que «Morrem jovens aqueles que os Deuses amam». E eu (nós) perdi-te para os Deuses! Quão
injusto isso é! Como ficam aqueles que te amam aqui?
O corpo treme, as lágrimas escorrem, o coração bate
em frenesim e a respiração acelera. Fecho os olhos e vejo-te, sinto-te,
cheiro-te. Vivo tudo aquilo que ficou na memória. A última vez que falei
contigo. A última vez que olhei para ti. Esses teus olhos pequeninos mas brilhantes! A última vez que chamei Pai e Tu respondes-te!
Não tive tempo de te dizer o quando te amo, o quão
importante és para mim, o quanto preciso de ti. Acreditamos sempre que temos
tempo, mas ele não espera por nós. E eu, eu não tive tempo.
PERDOA-ME!
Que os Deuses te aconcheguem e te amem como nós te amamos aqui!
Aprendemos, devagarinho, a suportar a tua ausência! A vida
continua. Sim, continua, mas esquecer-te seria morrer.
Viverás para sempre, Pai.
O amor dói e a
dor não passa! Atenua, mas não passa.
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