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Não. Não temos sempre resposta
para tudo. Não. Nem tudo na vida tem uma solução. E não. Nem tudo na vida acaba
bem. Temos de aceitar a dura realidade.
Nem tão pouco dá para estarmos
todos os dias com um sorriso nos lábios. Não. Hoje não me apetece. Porém, não
raras vezes preferimos fingir que está tudo bem. Preferimos dar um sorriso, na
esperança de que ninguém nos faça perguntas para as quais não temos resposta.
Ou até temos, mas não queremos falar. Temos esse direito!
Acontece que quando sorrimos e
não temos vontade, quando dizemos que está tudo bem, mas não está, acabamos
vitimas de uma deterioração muda.
Fingir felicidade para sermos
aceites é absolutamente errado, mas a verdade é que a maioria de nós comete
este erro como se normal fosse. Fingimos bem-estar, aparentamos uma alegria que
não existe. Este é o primeiro passo para que corra tudo mal!
Por isso, para o bem ou para o
mal, devemos ter a coragem de não sorrir quando não temos vontade e de não
querer agradar a tudo e a todos. Temos o direito de ter dias menos bons.
Fingimos para evitar
preocupações, mas isso só nos causa desgaste emocional. Só nos aperta mais o
coração.
Calamos sentimentos e isso corroí-nos
a alma. Ficamos reféns do desgosto, da amargura. Fingir também é doloroso,
também magoa e absorve-nos sem darmos conta.
Não agir em consciência torna-nos
incapazes de manifestar o que verdadeiramente sentimos e acabamos numa espiral sem
fim. Não raras vezes leva à depressão, ansiedade, ao desespero.
Por isso, aceitar tudo o que sentimos,
de bem e de mal, é o primeiro passo para o nosso bem-estar e para uma consciência
tranquila. Temos que nos amar porque só assim podemos amar o outro. Temos que
aprender a olhar para a vida sem medos, sem hesitações, sem pressões. Temos de
aprender a falar com nós próprios. Só o nosso diálogo interior nos vai dizer
verdadeiramente o que nos vai no coração.
É fundamental respeitar o nosso silêncio
e aprender que a única forma de alcançarmos o bem-estar é aprendermos a nos respeitarmos.
A dar-nos o direito de não nos sentirmos bem e de não termos de fingir.
É preciso aprender a dizer Não! Porque aceitar o que sentimos é o primeiro
passo para o nosso bem-estar!
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