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A primeira vez que os nossos olhares se cruzaram, foi
fatídico. Talvez o cupido andasse por ali e tenha resolvido fazer das suas traquinices!
O futuro traçou-se naquele exato momento e a nossa
vida começou a escrever-se. Os nossos corações entrelaçaram-se eternamente e a
vontade de sermos um só arregaçou as mangas e começou a conspirar a nosso
favor. Mal nós sabíamos que o nosso amor seria para sempre.
Ouvir a tua voz era melodia ao meu ouvido. Sentir o
teu cheiro era colocar o melhor perfume todos os dias. Estar contigo era viver
a felicidade.
Andávamos sempre absolutamente anestesiados pela
paixão que, sem pedir licença, nos invadiu. Tudo à nossa volta parecia
colorido. As ruas outrora cinzentas, vestiram as suas melhores cores. As portas
e as janelas abriram-se para deixar entrar o sol que parecia raiar ainda mais. As
árvores cantavam para nós. As pedras das calçadas dançavam ao som dos nossos
passos. Tudo era mágico. Os dias passavam calmamente por nós, como se o tempo
fosse só nosso.
Afinal eramos apenas nós, que olhávamos para o mundo
com o olhar da paixão, do êxtase, do desejo.
Depois foi a vez do amor. Este, sem que dessemos conta,
começou a pairar entre nós. Abrirmos-lhe a porta e deixámo-lo entrar. A
tempestade de sentimentos que a paixão provoca, transformou-se em calmaria com
o amor. Este é mais sereno, mais tranquilo, mas mais bonito.
Muito mais bonito! Começamos a ver o mundo com mais
clareza, mas também com mais certezas.
Porém, para nós era exatamente a mesma certeza que
tivemos no primeiro dia em que nos conhecemos. Eramos nós, juntos, que seriamos
felizes, como somos.
Hoje olho para ti ainda com mais paixão. Olho para ti
ainda com mais amor.
E hoje continuas a ser perfeito. És a pessoa que me
acompanha, que caminha ao meu lado, que me dá a mão quando preciso. És a pessoa
que me ama na exata medida em que te amo.
Bendito cupido que naquele dia entendeu apontar a
flecha aos nossos corações.
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