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Somos demasiadas vezes confrontados com
o propósito da vida.
Qual é o nosso propósito? O que é que
andamos a fazer aqui? Porquê que aqueles que amamos partem tão cedo. Porquê que
aqueles que deviam continuar o seu caminho aqui, com filhos para cuidar, para
amar, partem cedo demais?
A vida é demasiado injusta para ser
compreendida.
A vida é madrasta com algumas pessoas,
que são nossas e, de repente, tornam-se estrelinhas que brilham para nós.
A injustiça acarreta sentimentos de frustração
e de resignação. Não há nada que possamos fazer que possa mudar o curso da vida
(ou da morte!)
Sofremos, silenciosamente e
conformamo-nos. Acalmamos a dor com lembranças, outrora felizes. Tentamos colmatar
a ausência com fotografias, mas que no fundo só aumentam o nosso pesar.
A vida continua, mas tudo muda. Muda a
nossa perspetiva de vida, muda a nossa forma de viver, de pensar, de sentir, de
olhar para o outro.
Começamos a distribuir mais abraços,
mais palavras sentidas, numa tentativa de sentir ao máximo aqueles que continuam
connosco, de alongar a vida com estes.
Mas a vida é madrasta e o que hoje é, amanhã
pode não ser.
Enquanto por aqui andamos, não se
esqueçam de plantar as sementes do afeto, do amor, da união, da amizade. A vida
colherá os seus frutos em memórias eternas e alimentará o coração com sorrisos
e abraços calorosos.
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